Vivências na Leitura

         Desde criança fui estimulada a ler. Lembro-me de um barracão nos fundos da minha casa, com prateleiras de madeira improvisada, cheia de livros. Lá tinha clássicos da literatura brasileira como Dom Casmurro, enciclopédias, dicionários, livros religiosos, livros de orientação sexual, uma coletânea da série Vagalume, livros didáticos dos meus irmãos mais velhos, várias apostilas do Instituto Universal Brasileiro, pois meu pai, após entrar para a carreira militar (bombeiro), foi terminar seus estudos, na época não era exigido o curso normal completo. Me recordo até hoje de um livro que adorava, um não, era uma coleção de três livros, nem sabia ler, mas adorava folear e imaginar. Era uma coleção do Daniel Azulay, tinha um livro azul, um rosa e o outro verde, começava com uma história e depois vinha os passatempos. Depois que fui alfabetizada, lia esse livro de trás para frente, de frente para trás, de tanto que gostava! Sempre que dava, meu pai comprava os famosos gibis da turma da  Mônica, adorava o Chico Bento e o Cascão, até hoje quando vejo essas revistas em quadrinhos com as crianças eu paro para ler. Em casa, era engraçado que toda vez que minha já estava de saco cheio de mim, ela mandava eu pegar um livro para folear ou ler. Não que eu fosse uma criança chata, mas gostava só de ficar brincando. Me lembro também de um livro que li na quinta série, Memórias de um Cabo de Vassouras, não sei se o livro era muito bom ou se era a forma em que a professora encantava os alunos para a leitura, que não me fez esquecer. Hoje leio poucos livros, por não administrar corretamente meu tempo. Estou sempre começando, mas demoro um pouco para terminá-los. Leio muito revistas, de vários gêneros. Na época do meu mestrado, li muitos, muitos artigos científicos e mesmo tendo terminado há 7 anos, continuo pesquisando só para continuar a ler. E por fim, o que mais leio são contos infantis, às vezes perco a paciência, pois meu filho sisma em mudar a história e dificilmente deixa eu terminar do jeito que esta no livro. Mas caio na imaginação dele, o importante é o despertar para a leitura. . .

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